O presidente afirmou que é a favor da manifestação dos movimentos sociais, mas disse que "obviamente" não pode concordar com a destruição de fazendas produtivas.
"Todo mundo sabe que eu sou defensor das lutas sociais e de que o povo se manifeste. Agora, entre uma manifestação para reivindicar alguma coisa e aquela cena de vandalismo feita na televisão... Obviamente que não posso concordar com aquilo porque não tem explicação para a sociedade você derrubar tantos pés de laranja apenas para mostrar que você está reivindicando. Você poderia demonstrar sem precisar fazendo essa destruição em massa em pés de laranja", disse.
O presidente disse que a lei existe para punir este tipo de ação. "De qualquer forma, todo mundo já a prendeu no Brasil que esse país tem lei, que tem Constituição. Quem estiver dentro da lei pode fazer qualquer coisa, agora, quem não tiver pagará o preço por fazer", afirmou.
Os integrantes do MST invadiram no dia 28 de setembro a fazenda Santo Henrique, na divisa dos municípios de Iaras e Lençóis Paulista, em São Paulo. A propriedade só foi desocupada na quarta-feira.
Segundo o movimento, cerca de 450 famílias ocupavam o local em protesto pela reforma agrária na região.
Os sem-terra informaram que foram derrubados cinco hectares de plantação de laranja, ou seja, 50 mil metros quadrados. A Cutrale, por sua vez, informou que no local há 1 milhão de pés de laranja e que mais de 7.000 foram destruídos. Segundo a empresa, 300 funcionários foram expulsos da fazenda pelos sem-terra.
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