Recomeçou o tiroteio na Zona Norte do Rio. Um novo confronto no Jacarezinho entre criminosos e homens do 3º BPM (Méier) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) deixa dois mortos e quatro presos na manhã deste domingo (18).
As informações, ainda preliminares, são do major Oderlei Santos, relações públicas da Polícia Militar.
O G1 percorreu algumas ruas do Jacarezinho nesta manhã, mas encontrou poucos policiais na região.
Reunião com Beltrame
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, se reúne nesta manhã com a cúpula do gabinete de gerenciamento de crise montado no 6º BPM, na Tijuca. O objetivo é acompanhar os trabalhos da polícia neste domingo.
No sábado (17), uma série de confrontos deixou pelo menos 12 mortos e 8 feridos na cidade. Os ataques começaram no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, onde uma facção rival tentou invadir a favela ainda durante a madrugada.
2 mil policiais de prontidão
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que 2 mil policiais estão de prontidão para impedir novos ataques de criminosos.
“Isso é problema de uma região, está acontecendo num ponto muito específico da cidade. Isso não é no Rio de Janeiro. Nesse momento, a população conta, no mínimo, [...] com dois mil homens, entre policiais civis e militares”, disse José Mariano Beltrame.
Gabinete de gerenciamento de crise
A gravidade do caso levou a PM a montar um gabinete de gerenciamento de crise. Segundo o comandante-geral da PM no Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, as folgas de policiais foram suspensas. Unidades da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana também estão de prontidão. Policiais ocuparam as entradas da maior favela da cidade, a Rocinha, na Zona Sul. Uma imagem feita pelo Globocop na manhã do sábado (17) mostra um grupo de policiais entrando pelo meio da mata, fazendo um cerco aos criminosos. Um helicóptero sobrevoou a área do conflito para tentar localizar os traficantes. O governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou que a política de combate ao crime na capital é permanente. ”Nesse momento de emergência a ação é contundente, com a presença da Polícia Civil e da Polícia Militar no local. Essa não é uma política de curto prazo nem de médio prazo. [....] Não é de uma maneira, de um dia pra outro, num passe de mágica”, disse. Combate ao crime As novas ações de combate aos traficantes e milícias nas favelas cariocas começaram no fim do ano passado, com a implantação das unidades da polícia pacificadora, um tipo de ocupação permanente, e que já foi implantada em cinco favelas cariocas: Cidade de Deus e Batan, na Zona Oeste, Dona Marta, em Botafogo, Babilônia e Chapéu mangueira, no Leme, Zona sul da cidade. Segundo investigações da polícia, os traficantes dessas comunidades teriam migrado para as favelas do Morro São João, Jacarezinho e Manguinhos. E no sábado (17) invadiram o Morro dos Macacos, controlado por uma facção rival. O secretário de Segurança Pública classificou a ação no Morro dos Macacos como “um ato desesperado do tráfico por procura de espaço”. A cúpula de segurança do Rio disse que a ação dos bandidos não vai ficar impune. “A gente sabe quem foi, sabe como foi e a resposta vai vir na mesma medida”, afirmou Allan Turnowski, chefe de Polícia Civil do Rio.
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