A taxa de mortalidade por gripe suína no Paraná é a maior entre os Estados brasileiros e é superior a qualquer país do mundo. No total, foram registrados no Estado - que possui 10.686.247 habitantes - 201 óbitos em razão de complicações decorrentes do vírus H1N1, o que representa uma taxa de mortalidade de 1,88 pessoas para um grupo de 100 mil habitantes.
De acordo com o diretor-geral da Secretaria de Saúde do Paraná, André Pegorer, a taxa elevada se deve ao fato de o Estado ter uma capacidade maior de identificar e notificar os casos de gripe suína. "Nós somos o Estado com o maior número de exames realizados, maior capacidade de investigação e notificação dos casos", diz.
Segundo Pegorer, o Paraná foi o primeiro Estado a receber autorização do Ministério da Saúde para processar os exames laboratoriais, em meados de julho. "Todos os casos suspeitos aqui são analisados no nosso laboratório, e não em outros Estados. Atualizamos os dados da doença de forma imediata, o que não acontece em outros locais", afirma.
Depois do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo possuem as maiores taxas de mortalidade, com 0,96 e 0,57 mortes para cada 100 mil habitantes, respectivamente. Os países com as maiores taxas são a Argentina (1,15), o Chile (0,76), Costa Rica (0,72), Austrália (0,72) e Paraguai (0,64), de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, órgão da União Europeia.
Até o mês de julho, a referência utilizada por Estados e pela Federação era a taxa de letalidade, calculada com base nos óbitos e nos casos confirmados de gripe suína. No entanto, após recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a referência passou a ser a taxa de mortalidade, que considera não os casos da doença, mas os censos e estimativas populacionais.
A mudança de paradigma ocorreu em razão da multiplicação dos casos da gripe, o que dificultaria o cálculo atualizado da taxa de letalidade.
Segundo informações do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde, 687 pessoas que morreram no Brasil pela nova gripe. A taxa de mortalidade pela doença no país é de 0,35 mortes/100 mil habitantes. Juntas, as regiões Sul e Sudeste concentram 96,5% das mortes contabilizadas.
Com 32 óbitos confirmados, a taxa de mortalidade de Santa Catarina é de 0,52. Já no Rio de Janeiro, onde 64 pessoas morreram pela gripe suína, a taxa é de 0,39. Mato Grosso do Sul, com seis mortes, e Minas Gerais, com 20, possuem taxas de 0,25 e 0,11, respectivamente.
Dentre as regiões, o Sul, com cerca de 28 milhões de habitantes, possui a maior taxa (1,21). Foram confirmadas na região 338 mortes pelo vírus H1N1. No Sudeste, foram 326 mortes, o que representa uma taxa de 0,40.
A região com menor taxa de mortalidade é a Nordeste (0,007), onde quatro pessoas morreram pela gripe suína. Centro-Oeste, com 12 mortes, e Norte, com sete, possuem taxas de mortalidade de 0,08 e 0,04, respectivamente.
Os únicos Estados que não registraram mortes pela nova gripe são Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins e Amapá.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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