Mais de dois meses depois de sua morte, em 25 de junho, Michael Jackson foi enterrado na noite desta quinta-feira (3) no cemitério de Forest Lawn de Glendale, no subúrbio de Los Angeles. A cerimônia privada começou por volta das 20h30 locais (0h30 de Brasília) com a presença apenas da família e de amigos do artista.
A família Jackson estava reunida na casa de Encino, próximo a Los Angeles, e saiu do local por volta das 23h30 (de Brasília) --meia-hora depois do início previsto da cerimônia-- em um comboio de 26 carros, entre eles os Rolls Royce Phantoms que levaram os parentes, escoltados por seguranças.
A cerimônia de despedida durou mais de uma hora e foi realizada em uma área a céu aberto do Forest Lawn, onde foi montado um altar e expostos um quadro com a imagem de Michael (vestido de amarelho e com uma luva branca em uma das mãos) e arranjos de flores brancas. Os pais do cantor, Joe e Katherine, ocuparam a primeira fila de assentos, onde também estavam os irmãos e os três filhos, Prince Michael, Paris e Prince Michael 2.
O corpo de Michael chegou ao cemitério em um caixão banhado a ouro a 0h33 (de Brasília) e foi recebido pelos irmãos Jackson, que estavam todos vestidos de preto e de óculos escuros, e levaram ao centro do altar. Entre os presentes no local estavam Lisa Marie Presley, ex-mulher Michael Jackson, Liz Taylor, Barry Bonds, Macaulay Culkin, Chris Tucker e Al Sharpton, além de Gladys Knight, artista que conhecia Michael desde que era criança e que fez a apresentação da cerimônia.
A família insistiu em ter uma cerimônia particular e estabeleceu regras restritas para a cobertura da mídia no enterro. As imagens de televisão, que mostravam os convidados aguardando o início do evento, foram interrompidas no momento em que o caixão chegou ao local da cerimônia.
Um dos irmãos do artista, Marlon, havia revelado a um jornal britânico que os filhos do cantor jogariam bilhetinhos no túmulo, com os dizeres "Papai, nos te amamos" e "Estamos sentindo sua falta", assim como a luva branca que o cantor usava em seus shows.
O corpo de Michael foi colocado no túmulo no Terraço Sagrado do Grande Mausoléu, com segurança reforçada, monitorado por câmeras e vigias, e de acesso restrito. No cemitério, fundado em 1906, estão sepulturas de celebridades de Hollywood, como Clark Gable, Walt Disney, Humphrey Bogart e Nat King Cole.
Ao término da cerimônia, a comitiva de veículos dos presentes no funeral se dirigiu ao restaurante italiano Villa Sorriso, em Pasadena, a 12 quilômetros do cemitério, em um ato considerado uma "celebração da vida do Rei do Pop".
Custos da cerimônia
A polícia escoltou a caravana dos carros com os parentes de Jackson até o cemitério, que foi isolado por um grande aparato policial. O espaço aéreo na zona também foi fechado. Helicópteros, cães farejadores e policiais patrulhavam uma área de 120 hectares dentro e em torno do cemitério.
A família Jackson vai ter que reembolsar a polícia pela despesa, estimada pelas agências de notícias em mais de US$ 150 mil. Por outro lado, a Prefeitura de Los Angeles ficou com o prejuízo da homenagem, transmitida pela TV em julho, que custou US$ 1,4 milhão.
Os custos da cerimônia serão cobertos pelo espólio de Jackson, após uma decisão judicial que favoreceu o pedido da mãe do cantor, Katherine. "Os gastos são extraordinários, mas Michael Jackson era extraordinário", disse o procurador Jeryll Cohen. Segundo ele, uma das razões para o alto preço é o fato de que foram compradas 12 covas, apesar de ainda não ter sido revelado o porquê.
Homicídio
Desde o dia de sua morte, o corpo de Michael Jackson foi submetido a necropsias minuciosas e mantido em um depósito refrigerado do necrotério do cemitério. Inicialmente, o cantor seria seria enterrado no dia 29 de agosto, data em que completaria 51 anos de vida. Dias depois, o pai de Michael, Joe Jackson, adiou o enterro por falta de acordo entre os parentes sobre onde ele seria enterrado e pelo interesse de conservar o corpo para realizar novos exames caso fosse necessário para a investigação.
No final da semana passada, um legista de Los Angeles confirmou que a morte de Michael Jackson foi homicídio causado por duas drogas em especial. Em comunicado, o médico disse que o Rei do Pop teve uma intoxicação aguda devido a uma dose letal do anestésico propofol junto ao sedativo lorazepam.
Em homenagem ao cantor, um tributo está previsto para ser realizado no dia 26 de setembro em Viena, mas ainda não tem atrações confirmadas. Segundo a agência de notícias Associated Press, Jermaine Jackson prometeu que a programação terá alguns dos mais importantes artistas do mundo para interpretar os grandes sucessos do Rei do Pop.
O show em homenagem ao cantor será realizado do lado de fora de um palácio do século 17. Ainda segundo a agência, Jermaine avisou que dará uma entrevista coletiva na capital austríaca, na próxima terça-feira, para revelar a programação do show, que será transmitido ao vivo.
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